[ANPPOM-L] prova específica eliminada 2

Sonia Ray soniaraybrasil em gmail.com
Qui Out 4 15:17:23 BRT 2007


Caro Damian e Colegas da Anppom,
Tenho conversado com as pessoas da nova diretoria a questão "prova de
música" e estamos atentos ao que está acontecendo e acompanhando as opiniões
da lista. Não tenho uma definição da diretoria nem dos sócios da Anppom
sobre a questão, apesar da lista estar demonstrando uma visão bastante
conciliadora entre os sócios que se manifestaram.
Acho o assunto de extrema seriedade e espero que possamos pensar juntos numa
medida efetiva.
Aqui na UFG, a mudança de terminologia, associada a argumentação da Escola
de Música na Pró-Reitoria de Graduação, definitivamente mudou a visão do
centro de seleçao. Agora é PROVA DE CONHECIMENTO MUSICAL (não aptidão). O
Ney e o Silvio estão, na minha opinião, levando a discussão no caminho mais
acertado.
Continuemos conversando.
Um Abraço,
Sonia

**************************************************
SONIA RAY
Presidente da ANPPOM - Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em
Música
Escola de Música da UFG (Contrabaixo, Música de Câmara e Metodologia de
Pesquisa em Música)
Editora da Revista Musica Hodie (PPG-UFG)
ABC - Associação Brasileira de Contrabaixistas
Tel/Fax: 62-3091.1289 ou 9249.0911
São Paulo (11) 9369.5520
www.soniaray.com

musicoyargentino em hotmail.com> escreveu:
> >
> >
> > Caros membros da lista,
> >
> > Gostaria agradecer a todos os colegas e amigos que se manifestaram em
> > relação a eliminação da prova específica. A grande maioria foi favorável
> > a
> > prova. Um único membro se posicionou contra (acho que valeria a pena que
> > ele
> > fizesse a sua colocação para a lista).
> >
> > O colega Edilson Rocha solicitou alguns esclarecimentos em relação a
> > nossa
> > situação aqui no Acre. Então, vamos lá:
> >
> > >Naturalmente que a entrada de alunos "não iniciados" trará alguns
> > problemas
> > >que precisarão ser solucionados, com algum esforço certamente. Os
> > membros
> > >da Câmara tem conciência dos possíveis desdobramentos da medida?
> >
> > A reunião da Câmara de Ensino na qual foi decidida a eliminação da prova
> > de
> > música não teve nenhum representante da nossa área para defender a
> > posição
> > do Colegiado de Música. Os conselheiros da nossa área foram convocados
> > depois da data da reunião. Nenhum membro da Câmara presente na reunião
> > tem
> > formação musical. O processo do dia 6/10/2006 no qual o colegiado
> > solicita a
> > inclusão da prova prática no vestibular (os candidatos da UFAC só fazem
> > prova escrita) nunca foi apreciado pela Câmara. Resumindo, os membros da
> >
> > Câmara não podem ter consciência dos desdobramentos da medida já que
> > eles
> > não atuam no curso de música da UFAC.
> >
> > >A universidade pretende ofertar alguma cadeira específica para o ensino
> > da
> > >linguagem musical ou coisa que o valha, a fim de transformar o
> > licenciando
> > >em um músico antes de tudo, com o devido embasamento teórico?
> >
> > O Colegiado de Música recentemente concluiu a reformulação do Projeto
> > Pedagógico do curso. Para nós, na UFAC, seria muito interessante
> > conhecer a
> > opinião dos colegas em relação a esta proposta. Mesmo antes de entrar
> > nessa
> > discussão, acho que a pergunta do Edilson já contém a resposta:
> > "transformar
> > o licenciando em um músico antes de tudo". Essa é a filosofia da nossa
> > proposta, o professor de música é simplesmente um músico com formação
> > pedagógica. Isto é, o aluno precisa saber ler, escrever, reger, tocar e
> > compor.
> >
> > >Foi lembrado o fato da possível grande evasão neste caso?
> >
> > A evasão é um fato. A primeira turma da UFAC fez uma prova escrita que
> > não
> > excluiu praticamente nenhum dos 500 candidatos. Esse erro foi corrigido
> > no
> > segundo vestibular, no entanto, este é o saldo: "O resultado do ingresso
> > de
> > analfabetos musicais no curso de música pode ser avaliado pela proporção
> > entre desistentes leigos e alunos com aproveitamento. 100% dos
> > analfabetos
> > musicais que ingressaram na primeira turma do curso não compareceram as
> > aulas, trancaram a sua matrícula ou desistiram. Em contrapartida, os
> > alunos
> > com formação musical tiveram um bom desempenho, inclusive dando a sua
> > contribuição nos eventos artísticos da universidade e no trabalho de
> > formação de platéia no Colégio de Aplicação, assim como desenvolvendo e
> > participando de projetos de educação musical." (Colegiado de Música).
> >
> > >O curso será estendido?
> >
> > Não. O curso tem 3200 horas/aula.
> >
> > >Existem cursos de extensão ofertados pela universidade voltados para a
> > >preparação de candidatos para a prova de habilidade específica no nível
> > em
> > >que o professorado considera suficiente?
> >
> > O Curso de Música da UFAC tem dois professores efetivos. Levando em
> > conta
> > que existem duas turmas e que cada uma cursa 7 ou 8 disciplinas por
> > semestre, é só fazer as contas... Os nossos três projetos de extensão
> > estão
> > voltados para áreas carentes na cidade de Rio Branco: tecnologia musical
> > e
> > música de câmara.
> >
> > >Existem bandas, fanfarras e outros grupos privados ou não que estejam
> > >preparando estes futuros alunos?
> >
> > Sem dúvida. "O Colégio de Aplicação da UFAC oferece a disciplina música
> > há
> > sete anos, a escola Villa-Lobos vem formando pianistas há mais de 2
> > décadas.O Estado oferece cursos de música na Usina de Artes e no Centro
> > Comunitário Tucumã (gratuitos). A Ong Musicalizar já atendeu mais de
> > 1000
> > alunos em cursos de formação básica em seus projetos sociais. Duas
> > bandas
> > militares na cidade de Rio Branco têm mais de 50 anos de existência. A
> > Orquestra Filarmônica do Acre tem mais de 10 anos de atuação, e existem
> > aproximadamente 70 fanfarras nas escolas do estado (onde os
> > participantes
> > recebem aulas de iniciação musical)." (Colegiado de Música).
> >
> > >A procura pela licenciatura em música é grande ou apresenta declínio ao
> >
> > >longo dos anos?
> >
> > "Não é por ausência de candidatos à profissão de professor de música que
> > a
> > prova não possa ser realizada, já que é exatamente para esta imensa
> > clientela - o público alvo do curso, formado na dúzia de instituições
> > públicas e privadas que oferecem cursos de iniciação musical  - que a
> > mesma
> > deve ser mantida e ampliada passando a incluir uma parte escrita (teoria
> > musical), uma perceptiva (história da música) e uma prática
> > (instrumento). A
> > proporção de candidatos por vaga (sete no último vestibular), é uma das
> > mais
> > altas do Brasil" (Colegiado de Música).
> >
> > >O que é que a UFAC espera entregar à sociedade em se tratando de
> > >licenciados em música? E o que é que a sociedade acreana (a primeira
> > >beneficiada pela universidade) espera receber?
> >
> > Aqui, caro Edilson, você coloca o dedo na ferida. Existem dois projetos
> > claramente delineados: a proposta do Colegiado de Música (que você vai
> > poder
> > apreciar através do Projeto Pedagógico do curso) e a proposta de um
> > grupo
> > vinculado a dois grandes departamentos. Cito de forma literal a postura
> > deste último, "precisamos derrubar o curso de música". Acho que não
> > preciso
> > dar mais detalhes.
> >
> > Agradeço mais uma vez as informações valiosíssimas e as manifestações de
> >
> > apoio dos colegas. Mandarei um resumo dos resultados após a reunião do
> > Conselho Universitário.
> >
> > Um abraço para todos,
> >
> > Dr. Damián Keller
> > Coordenador, Curso de Música
> > Universidade Federal do Acre
> >
> > Chair, Division of Music
> > Federal University of Acre
> > http://ccrma.stanford.edu/~dkeller<http://ccrma.stanford.edu/%7Edkeller>
> >
>
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