[ANPPOM-L] Qual a música que queremos em nossasUniversidades?

Jorge Antunes antunes em unb.br
Sex Out 12 08:53:54 BRT 2007


Caro Silvio:

Você me apavora.
Quando você diz ter ouvido música ruim de quem cursou até contraponto florido, dá a impressão de que existem cursos formando compositores que não estudaram contraponto florido.
A técnica, evidentemente, não basta por si só. Mas sem ela a criatividade não dá frutos.
Quanto à disposição dos sistemas na teoria dos conjuntos, devo lembrar que o próprio sistema tonal e o sistema temperado já são sub-conjuntos da totalidade espectral, cuja consciência foi despertada pelo advento da música eletrônica (1950), pela análise espectral, pela síntese aditiva e pelo domínio científico sobre ruído branco.
Abraço,
Jorge Antunes



silvio wrote:

> caro antunes
>
> entendo o que vc está querendo dizer com conjuntos que contém outros.
> até podemos dizer que é correto, mas tem suas
> arestas que permitem leituras equivocadas e
> preconceituosas e totalmente WAPs.
> tenho ouvido muita música ruim de quem cursou até
> contraponto florido ou escreveu primeiro
> movimento de sonata.
> talvez as coisas não sejam tão simples assim.
>
> >Os estudantes que chegam, com paciência e muito
> >trabalho, até ao contraponto florido a dois
> >coros, acabam por entender e dominar
> >complexidade que abarca qualquer construção
> >musical com menor nivel de complexidade.
>
> >A polirrítmia da música afro-brasileira é
> >sub-conjunto da complexidade maior englobada
> >pelo contraponto a que me referi.
>
> não tem como, pois os conjuntos no caso (música
> ocidental e música africana) não são tão
> facilmente integráveis. O livro de John Blacking
> traz pencas de exemplos disto. Simha Arom também
> dedicou-se a demonstrar q os conjuntos são
> distintos e não têm tão fáceis pontos em comum.
>
> por outro lado, nossos cursos têm de se tornar
> menos engessados, incorporando disciplinas como
> música e tecnologia, trajetória da música de
> mercado no séc.XX (q é social e funcionalmente
> bem distinta da música urbana do séc.XIX),
> história e análise de música do séc.XX e XXI.
>
> talvez a pergunta não seja q música queremos na
> universidade, mas que música podemos oferecer aos
> alunos, com o máximo de competência q nos cabe,
> em nossas universidades?
>
> abs
> silvio
>
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